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Uma vez eu tive um sonho...



sonhei que tinha uma mãe
Uma vez eu tive um sonho... Sonhei com um carinho inexplicável, com uma atenção surpresa e com um amor mutuo. Sonhei que tinha ouvido palavras de afeto, de incentivo e de compreensão. Sonhei que tinha um colo para chorar, uma mão para acariciar minha cabeça enquanto eu desabafava minhas tristezas.

Uma vez eu sonhei... Ouvi alguém chamar meu nome como quem ama e tem orgulho, como alguém que enaltece sua obra prima, como alguém que eleva seu ego e diz: “eu acredito em você, você vai conseguir” – um sonho onde uma simples palavra, onde o olhar de amor era suficiente para me fortalecer, para me fazer acreditar que não estava sozinho, pois este amor distingui-se de qualquer outro amor.

Sim... Eu sonhei, sonhei que o sonho era tão real que acordei em lágrimas ao despertar do sonho, pois percebi que estava longe da realidade.  Esse, talvez, seja um sonho distante, já que se esgotaram todas as gotas de palavras e os grãos de oportunidades, tornando-se impossível plantar novas esperanças.

Contudo, aprendi a não cometer o mesmo erro e a não desamparar meus frutos, mas, também, não julgo, não guardo raiva ou qualquer tipo de rancor, mas estarei mentido se não disser que há uma mágoa profunda, não infinita, pois rezo a Deus poder dissipa-la a cada dia, substituindo-a com a alegria em ver o sorriso e o olhar de extremo amor por mim. Por isso, peço a Deus sabedoria e que guie meus passos para que eu faça diferente; para que eu seja, não apenas bom, mas um excelente pai. Que Deus ilumine meu espírito, enchendo-o de amor transpassando-o em forma de afeto, carinho, atenção, zelo, compreensão, de uma palavra amiga, de uma bronca, às vezes, de um amigo, de um verdadeiro pai, para que eu não me torne apenas um sonho, de minha filha.

Uma vez eu tive um sonho... Sonhei que tinha uma mãe.

Henrique Neves.

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