Hoje
fiz uma viagem, uma viagem rápida. Fechei meus olhos por alguns
instantes, mas foi suficiente para ver tudo de cima. Viajei no
tempo, voltei ao passado, fui ao futuro; vi todos os que fazem parte
da minha vida e, então, chorei, pois pensei (se estou vendo tudo
isso, já não estou mais entre eles) mas, logo, algo soprou em meu
ouvido, uma voz suave dizendo – ainda não – então respirei
forte e abri os olhos. Foram poucos segundos, mas pareceu uma viagem
longa; senti uma forte dor no peito, o que me fez perceber que estava
de volta. Mas, e se, eu não tivesse a oportunidade de voltar, e se
realmente aquela fosse a hora? - Eu teria deixando tanta coisa para
trás, tantas palavras não ditas, tantas coisas sem realizar. Eu
teria ido sem a oportunidade de dizer pela ultima vez um “ eu te
amo” para as pessoas que amo em minha vida.
Meu
Deus, e se realmente tivesse sido aquela hora? - Como eu teria
desperdiçado meu tempo me irritando por coisas fúteis, por coisas
que poderiam ter sido resolvidas facilmente, e eu, carregaria comigo
essa culpa de, poderia ter feito diferente. Eu poderia ter sido
alguém melhor, um amigo melhor, um irmão melhor, um filho melhor,
um marido melhor; um pai melhor. Sim! - eu carregaria essa culpa.
Nós nunca pensamos que esse dia pode chegar, e, também, não
fazemos nada para partir com espirito limpo de culpas. Nada do que
pensamos ser certo, talvez seja, pois, fazemos, por muitas das vezes,
as coisas por contra própria, sem, nem ao menos, orar a Deus; então
como podemos ter certeza se nossas decisões são as mais certas?
Jesus!
- em todos os filmes bíblicos que vi, Jesus sempre orava ao Pai
antes de qualquer decisão, sempre orava ao Pai para pedir
orientação, sempre orava ao Pai antes de dizer qualquer palavra,
sempre orava ao Pai antes de tomar qualquer atitude. Mesmo sabendo de
seu destino, mesmo conhecendo todas as verdades, mesmo tendo a visão
de tudo; sempre orava ao Pai. Talvez esse seja o nosso maior erro,
tomar decisões, falar, fazer, ter atitudes sem antes orar ao Pai.
Mas, talvez você diga (ele era o filho de Deus) e nós, o que somos?
Acho
que, se nos intitulamos seguir ao Pai Celestial e tomamos nossas
decisões por impulso, ou voltadas por nossas emoções, devemos
rever o conceito “seguir a Deus”.
Henrique
Neves
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