Outro dia eu estava
conversando com um amigo e estávamos falando sobre família, o quanto às vezes
é difícil a convivência familiar, principalmente quando há constantemente intervenção da família no relacionamento de um casal, mas a questão em si não é
o relacionamento entre casais, mas de irmãos.
No decorrer do assunto ele
me falou sobre a difícil relação que ele tem com seu irmão, que parece mais um
desconhecido, e às vezes age até mesmo como se fosse um inimigo. Eu perguntei
qual a razão já que ambos eram filhos do mesmo pai e da mesma mão, e tiveram a
mesma criação. Ele me respondeu que não, não haviam tido a mesma criação e que sua
mãe sempre tomou maior partido de seu irmão, pois por pior que fossem seus
erros ela sempre o encobria e não admitia que ninguém falasse nada a respeito
de seus erros, enquanto ele sempre era culpado de tudo e ela fazia questão de
jogar em sua cara os mínimos detalhes, além de sempre questioná-lo e fazer
constantes reclamações sobre ele a seu irmão, que é claro vinha em defesa de
sua mãe.
Ouvindo isso parei para
analisar não só sua historia, mas como a de muitos que tem uma difícil relação
com seus irmãos e me perguntei. De quem
é a culpa?
É natural um irmão ter
ciúmes do outro em determinados momentos, mas
o que leva um irmão a ter raiva e até mesmo ódio do outro ao ponto de tentar de
tudo para prejudicá-lo? - No meu modo de ver, acredito que muitas das vezes
a culpa parte da própria mãe ou do pai que não fazem questão de esconder sua
preferência em relação aos filhos, causando assim um sentimento de ira e
revolta. Normalmente o mais rejeitado tende a perder o controle de seus
sentimentos, pois acredita que sua mãe ou seu pai não tem por si o mesmo amor
que tem por seu irmão, colocando-o, assim, como maior culpado disto, pois
acredita que se seu irmão não existisse seus pais não o tratariam dessa forma.
Isto não quer dizer que
todo caso é parecido, pois muitas das vezes aquele filho mais rejeitado acaba
tornando-se uma pessoa integra, de um bom senso e caráter, enquanto o protegido
acaba se tornando uma pessoa de má índole e invejosa, pois foi acostumado a
fazer e ter tudo que queria sem ter alguém que o repreendesse por isso.
Será que o amor de mãe precisa ser divido? – O pai não
pode dar para os filhos o mesmo ensinamento?
Quando os filhos são de
pais diferentes, acredito eu, que o amor em ralação ao outro se dá ao
sentimento que sente em relação ao pai. Digo que no meu ponto de vista se o
sentimento em relação ao pai for de revolta, a mãe tende a tratar seu filho com
indiferença por conta da revolta que sente pelo seu pai. Não estou querendo dizer com
isso que todas agem da mesma forma, mas certa parte. E de forma
contraria quando ainda há um sentimento de amor em relação ao pai.
Em outros casos a
diferença se da por pura ignorância, pelo simples fato de um filho ser mais
calmo e o outro mais agitado, um mais efetivo do que o outro, e às vezes de um
ser mais semelhante com a mãe ou o pai em vários sentidos.
Mas, será que isto é justificativa para tratar irmãos
com diferença? – Em minha opinião,
não! – Claro que pode acontecer de os pais não se darem conta do tratamento
diferenciado, mas também não gostam de ser alertados sobre isto, pois todo o
pai diz que não vê diferença entre os filhos e que todos são iguais, mas na
pratica não é o que se percebe.
Em um de minhas
procuras achei o blog da Anissis que aborda muito bem o tema, “A
Diferença que os pais fazem entre os filhos” ela fala muito bem sobre este
fator que por muitas das vezes pode ocasionar em guerra entre irmãos, e sobre a
culpa dos pais em relação a isto.
É dentro de casa, dentro
do convívio e do ensinamento dos pais é que os filhos irão aprender a se
respeitar como verdadeiros irmãos e ter a consciência de que podem ser
diferentes um do outro, mas que o tratamento dos pais é o mesmo, pois ambos são
seus filhos.
Henrique Neves.
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