Ler, Ler e Escrever

Tantas vezes amei sem ser amado, Mas, não tem problema, eu espero o inesperado. Amargurado? – Jamais ficarei, pois sei que a vida é assim. Tantas vezes chorei sem ninguém me ver chorar, Mas, também, ninguém nunca me ouviu se lamentar, Pois não convém aclarar a quem não é servível em nossa vida, Pois na vida tudo tem um inicio, meio e fim. Tantas vezes fui vitima da ingratidão, Por vezes me vi perdido em meio à multidão, Mas, nem por isso deixei de ter um coração, Pois sei que Deus cuida de mim. Henrique Neves

Sempre fui poeta sem ser, sempre fui amante das belas palavras, sempre quis ser diferente para que nada fosse igual. Nunca quis ser tudo, mas, sempre fiz tudo para não me tornar um nada. Sempre procurei seguir a estrada da vida. Por vezes critiquei a vida, pois não sabia que a vida culpa não tinha. Não era a vida que não me entendia, pois eu nunca procurei entender as lições da vida. Meus olhos, talvez, estivessem vendados, mas não mais estão. Na Ilusão, desacreditei, mas nunca é tarde, diz o poeta – a vida é sensata, compreensiva e nos da diversas oportunidades; nós é que não vemos, não damos valor as suas mensagens, vemos em nossos próprios erros a insatisfação, a indignação por não ter algo, e  quando temos somos ingratos, sem nos dar conta de que por vezes somos os culpados. A vida que nos dá e nos tira, a vida que nos faz sorrir e faz chorar, a vida! – por mais gratos que sejamos, talvez, quem sabe, tenhamos cometido alguma ingratidão. Na vida não existe certo...

Às vezes é difícil amar alguém. Fazer de tudo, tudo um pouco e nada para ninguém. Às vezes é difícil amar alguém. Se entregar de corpo e alma fechar os olhos e ir além. Às vezes é difícil amar alguém. Dizer que sim, ir até o fim. Esperar, esperar e saber que não vem. Às vezes é difícil amar alguém. Querer, sem querer, da outra chance pro amor, Redescobrir uma dor Se ver sozinho e dizer tudo bem. Henrique Neves